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ANAC se mantém inerte frente à proibição de voos de aeronaves que mataram 346 pessoas

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Fábio Aguayo recebeu, de Augusto da Costa, um livro “Asas da Morte”, durante a filiação da ABRAVAGEX à Feturismo e a CNTur

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) permanece inerte frente as proibições pelo mundo, da utilização de avião da Boeing, que matou 346 pessoas em dois acidentes aéreos em cinco meses, o mais recente na última semana. Após as quedas de aeronaves do modelo o 737 MAX 8 na Indonésia, com 189 vítimas fatais, e na Etiópia com 157 mortes, diversos países pelo mundo proibiram o uso das mesmas.

A falta de ação da ANAC vem ocorrendo mesmo diante da pressão social, informou Augusto Fonseca da Costa, membro do Conselho Consultivo da ANAC, presidente da ABRAVAGEX (Associação Brasileira das Vítimas da Aviação Geral e Experimental) e membro da ABRAPAVAA (Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos).

“Na data de ontem, 12/03/2019, em toda a Europa e em vários países como Austrália, Cingapura, Malásia e Índia, houve a proibição de voos com esse tipo de aeronave”, relatou Augusto da Costa.

“Já no Brasil, a ANAC afirma que, até o momento, não existe qualquer decisão para suspender voos com a aeronave em questão, que acompanha a investigação do acidente do último sábado na Etiópia e do ano passado na Indonésia e que mantém contato com as autoridades e operadoras envolvidas, porém, não toma nenhuma providência efetiva”, frisou.

A manifestação dele ocorreu durante a filiação da ABRAVAGEX à Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares (Feturismo) e a Confederação Nacional de Turismo (CNTur). “Aparentemente a ANAC prefere ‘pagar para ver'”, comentou Fábio Aguayo membro da Feturismo e da CNTur.

“Ou melhor: a ANAC prefere que os passageiros e os tripulantes paguem para ver, já que são deles os riscos de voarem nessas aeronaves. É por raciocínios como esse que temos as Boates Kiss, as Marianas, os Brumadinhos”, ressaltou Aguayo.

Decisão
A inoperância ou ineficiência da ANAC bate de frente, inclusive, com a decisão da própria Boeing, que tomou a atitude de recomendar a suspensão temporária das operações com todas as aeronaves da família 737 Max no mundo. A recomendação foi feita à FAA (Federal Aviation Administration).

“Por isso a união de nossas entidades através, da filiação, para juntas trabalhar na prevenção, conscientização e ações contra abusos e descasos aos usuários e turistas que estão em deslocamentos pelo Brasil, em especial no Paraná”, completou Aguayo.

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